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quinta-feira, 10 de maio de 2007

O Brasil Precisa da Teologia da Libertação.


Acompanhando pela imprensa a visita do papa e os temas polêmicos sendo colocados gostaria de dizer que Sou católico, mas discordo de algumas regras da igreja.

Minha educação, compreensão e comprometimento com os valores e relações humanas, equilibrio,
consciência crítica, consciência política, de cidadania e participação na vida social além de consciência ecológica,estão diretamente ligados a minha infância e adolescência quando participei das comunidades eclesiais de Base no interior da Bahia.

Aquele movimento da igreja católica foi junto com minha familia a base da minha vida. O que sou hoje depende desta convivência. Não só eu, mais muitos jovens da minha época.
Por isso hoje lamento que os últimos papas tenham extinguido as Cebs.

Ainda adolescente participei da fundação do sindicato dos trabalhadores rurais de Caculé-Ba,
das comunidades e jovens rurais, depois da pedagogia da alternância, participando da fundação da
escola familia agricola que capacita de forma crítica os jovens para os empreendimentos populares de agricultura familiar que entre muitos beneficios educacionais diminui o exodo rural.

Duas pessoas tem uma importância fundamental nestes movimentos: A Irmã Ida Marcon que me ensinou a desenvolver o senso crítico, e o Pe.Gabriel Fantinati muito sereno mais um verdadeiro empreendedor social criativo e dinâmico.
Curiosamente o sindicato foi fundado dentro da igreja onde faziamos as reuniões seguidas por cantos e hinos com letras críticas, pois ainda estavamos sob os resquicios do regime militar.

Só me resta hoje ler os livros e asssistir as conferências do Leonardo Bof, do frei Beto e pesquisar para etender a obra de Dom Helder Câmara. Acho que a teologia da libertação foi um tesouro que a sociedade brasileira perdeu devido ao conservadorismo e concentração de poder da igreja católica.

Hoje questões que afligem os jovens, como drogas, gravidez na adolescência, promiscuidade, abandono de crianças é falta desta base de valores humanos que o próprio estado não consegue e não sabe aplicar por falta de políticas pública e ações comunitárias descentralizadas.

Quanto ao aborto.
Aborto para mim não é questão de saúde pública. não se faz política de saúde pública matando seres que estão germinando para a vida. Isto como o Holocausto. É uma trajédia. é resolver a incompetência do esta interropendo a vida.
O que o estado que se preocupar e chamar a sociedade para colaborar, é Evitar as filas no atendimento á saúde criando um sistema de atendimento eficaz e humano, implantar uma política de saúde preventiva, política odontológica para resolver o gravissímo problema de saúde bucal onde só rico pode tratar dos dentes.

Estas coisas é que são prioridades e a igreja tem razão e o ministro da saúde fala demais e faz de menos.

A culpa da igreja sobre os problemas sociais no Brasil começa quando impede a conscientização crítica e política dos cristãos censurando as Cebs, a teologia da libertação, castigando, punindo aqueles que tentam defender este movimento essencial e que atinge favoravelmente a base do povo.

Um comentário:

Anônimo disse...

Esse padre ai da foto - Don Gabriele Fantinati (ou Gabriel) é meu primo... Sou prima distante de Gabriel e vivo aqui no Brasil. Gabriel está de volta à Diocese de Caetité, mas agora na cidadezinha de Tremedal... não voltou à cidade de Caculé...
Gabriel fica até 2014...
Até mais, Monica Fantinati monicafantinati@hotmail.com